
RECEITAS DA VOVÓ GARANTEM RENDA EXTRA NA FAMÍLIA DE LUCIANA HENN
“Quando as pessoas hoje me perguntam por que minhas bolachas são boas, eu digo que fazer o que a pessoa gosta, superar o medo inicial e a insegurança, ter persistência, acreditar na capacidade, depois a gente se solta e segue o trabalho”. Isso faz parte da receita de sucesso de qualquer negócio, mesmo que seja em pequena escala. Quando se trata de produção caseira de bolachas, “antes do sucesso a receita deve incluir ingredientes de qualidade para que o produto saia com qualidade e satisfaça o cliente”. Esta afirmação é de Luciana Henn, residente em Linha Teutônia, Tapera, que conta que “a ideia de produzir bolachas caseiras foi devido a uma “brincadeira”. Uma vizinha pediu, uma amiga minha também pediu e daí eu comecei a produzir”.
Porém, “essa coisa de fazer bolachas vem de casa: minha mãe fazia, minha avó fazia e eu aprendi com elas. Minhas amigas pediram e eu fiz sem me preocupar com muita coisa. Uma foi passando para outra, foram fazendo propaganda e agora as bolachas bombaram de verdade”, diz Luciana. Ela já tem lugares e consumidores certos para seus produtos: casa, lojas e também aceita encomendas.
“Eu ainda estou começando e já recebi o apoio da EMATER, mas por enquanto quero continuar assim porque ainda consigo dar conta da produção sozinha. Trabalho com um forno caseiro e com uma máquina elétrica”. E assim ela produz de 40 a 50 quilos de 12 diferentes tipos de bolachas por semana auxiliando na renda da família que, aliás, a apoia. “No início, o marido de Luciana não deu muito apoio porque “ele pensava que seria apenas despesa, mas com o passar do tempo, conforme as vendas foram aumentando, percebeu que era bom negócio” principalmente porque percebia a dedicação e a satisfação da esposa no trabalho”.
Luciana ajuda também o marido Aldemar e o filho João Rudolfo, de 14 anos, na ordenha, mas “quando tem muita encomenda eles entendem que eu não posso ajudar”. Ela também tem uma programação de atividades para a semana: terça e quarta-feira são os dias da produção; quinta, sexta-feira e sábado são os dias destinados à entrega. “É um serviço que eu posso fazer em casa e o horário sou eu que faço, quando tenho tempo. Mas principalmente sempre depois do leite, à noite”.
Embora no ramo há apenas seis meses, ela está satisfeita com o resultado, pois já adquiriu um forno novo, pois contava apenas com o da sogra Maria Amália. Adquiriu ainda uma TV nova, que garante a diversão do filho Fábio Augusto, de 05 anos, e ajuda nas despesas da casa. O importante é que alguns ingredientes como leite e ovos são provenientes da propriedade, o que diminui o custo e proporciona rendimento maior.
Com resultado positivo aparecendo, a família pensa ampliar a produção e tornar um negócio de família. ”Nós vamos melhorar e ampliar o espaço de produção”.
Luciana dá um conselho para as mulheres: “Dou força para aquelas mulheres que desejam fazer algo para se realizar, que não abram mão de seu sonho. Comecem, continuem e persistam porque a gente também pode ser independente aplicando vontade, conhecimento e fazer o que gosta e gostar do que faz”.