
Produtores de trigo aguardam luminosidade e redução da umidade
Com boas condições de desenvolvimento, as lavouras de trigo no Rio Grande do Sul aguardam agora mais luminosidade e redução da umidade. A chuva e o tempo nublado das últimas semanas fizeram com que os produtores redobrassem os cuidados com a cultura – aumentando as aplicações de fungicidas para controle de doenças.
– Essa alta umidade não era esperada. O final do inverno prometia ser mais seco. A luminosidade é fundamental para realização de fotossíntese das plantas – explica Hamilton Jardim, presidente da Comissão de Trigo da Federação da Agricultura do Estado (Farsul).
Com a previsão de retorno do tempo seco a partir de hoje, a preocupação é em relação à possibilidade de geada, especialmente nas lavouras em fase de floração e formação de grão – períodos suscetíveis às baixas temperaturas. Se as condições climáticas ajudarem, os produtores pretendem colher 3 mil quilos por hectare – o equivalente a 50 sacas.
– Até agora o produtor está otimista, esperamos que não haja surpresa neste fim de inverno – indica Paulo Pires, presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro).
Quanto à comercialização do cereal, que começa a ser colhido em outubro, a expectativa é de que o valor fique próximo ao preço mínimo, de R$ 38,65 a saca para o trigo pão tipo 1. As boas safras do Paraná e dos países do Mercosul devem impedir valorização maior.
Fonte: Zero Hora